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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

COP 21 - Conferência do Clima

E mais uma vez entra no ar uma conferência ligada ao meio ambiente, é a tão falada Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), tendo a ONU - Organização das Nações Unidas como organizadora em solo francês, tentando assim tratar melhor o planeta no que diz respeito a redução de GEE's (gases de efeito estufa). São 196 países participantes que até 11 de dezembro tentarão reduzir as suas emissões de poluentes até 2020.
 
David Bowie, Robert Plant, David Gilmour, Björk, Coldplay, Sting, Damon Albarn, Jack Johnson, Dido, Patti Smith, Flea, Yoko Ono, Thom Yorke e Phil Selway, entre outros artistas assinaram uma carta aberta para que fosse lida para os líderes mundiais presentes nessa Conferência do Clima

A cidade de Paris, será a anfitriã e o palco, com certeza, de muitas manifestações por parte de ambientalistas não favoráveis aos procedimentos adotados por países, que em COP's anteriores, não cumpriram o que ficou acordado ou simplesmente não assinaram acordo nenhum. Integrantes do Red, Hot, Chili, Peppers e também do RadioHead, disseram que marcarão presença para pressionarem os representantes de cada nação presente.

Já tem um bom tempo que se fala (pena que nem todos escutam) sobre vários estudos sobre como as ações antrópicas afetam o aquecimento global e o quanto isso é, e será ainda mais, desastroso se o homem não der uma freada no seu chamado "desenvolvimento", essas pesquisas apontam o que acontecerá com os nossos oceanos, calotas polares e em varias cidades do planeta.

Essas pesquisas, boa parte delas levantas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (no inglês, IPCC), apresentam que a Terra vai se aquecer entre 1,1ºC e 6,4ºC até o final do século, o que fará subir o nível dos mares em até 59cm e aumentar os períodos de secas e as ondas de calor. E se hoje o mundo se espanta com a quantidade de refugiados, que não saem somente da Síria, e que segundo estatísticas é considerado o maior êxodo desde a II Guerra Mundial, talvez os refugiados do clima, como assim já são chamados, alcancem níveis bem mais alarmantes. 

A grande questão de todas essas COP's passadas é que países do primeiro mundo não aceitam o que lhe são imputados, pois alegam que a responsabilidade é um direito igual para todos, inclusive as suas perdas, pois veem como perda a redução de gases, pois que essa pede toda uma transformação de conduta, tipo, menos extração de petróleo, refino e sua comercialização. A mudança para sistemas de implantação de energia renováveis é gradativa demais aos olhos da economia, que busca sempre o lucro imediato e usa como desculpa as causas sociais. E mesmo que essa coisa de Créditos de Carbono, ou Redução Certificada de Emissões (RCE), que foi desenvolvida no Protocolo de Quioto (15 de março de 1998) e que criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada das emissões, seja um encorajamento as nações. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução da emissão de gases poluentes tem direito a créditos de carbono e pode comercializá-los com os países que têm metas a cumprir. 

Desde a conhecida (para alguns) ECO-92 (Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável), realizada em junho de 1992 no Rio de Janeiro, se fala sobre a redução de poluentes em nossa atmosfera. Poluentes esses que são:

Monóxido de Carbono (CO): Em concentrações elevadas pode levar uma pessoa ao coma e com isso até à morte. Assim como os óxidos de nitrogênio e os hidrocarbonetos, está envolvido também na formação do ozônio troposférico.

Dióxido de Carbono (CO2): É o resultado final de qualquer reação de combustão com produtos a base de carbono. Não é prejudicial a saúde humana ou animal, mas é um dos gases que contribuem para o aumento do efeito estufa.

Óxidos de nitrogênio = Monóxido de nitrogênio (NO) e Dióxido de nitrogênio (NO2): Os óxidos de nitrogênio irritam o sistema respiratório e podem prejudicar a função pulmonar. Dão origem as chuvas ácidas e formação do ozônio (O3).

Dióxido de Enxofre (SO2): Irrita as membranas mucosas e vias respiratórias e pode causar edema pulmonar e bronquite. Também causa a chuva ácida.

Ozônio (O3): É um poluente em maior quantidade zonas suburbanas. Também irrita as vias respiratórias e mucosa ocular. É o responsável pelo smog nas cidades e participa ativamente do efeito estufa.

Chumbo (Pb): Responsável pelas alterações na composição do sangue, interferindo na produção de hemoglobina. Impede o funcionamento do sistema nervoso central, caso haja uma exposição muito contínua.

Ácido Clorídrico (HCl): É gerado na queima de resíduos, principalmente plásticos como o PVC. Também é um dos responsáveis pela formação da chuva ácida.

Aldeídos (RCHO) - Irritam as mucosas dos olhos, do nariz e das vias respiratórias em geral e ainda podem causar crises asmáticas, são ainda compostos carcinogênicos potenciais.

Material Particulado (MP): São partículas emitidas por máquinas movidas a diesel. Penetram nos alvéolos pulmonares e além de problemas respiratórios, causam câncer. São capazes de bloquearem a respiração dos vegetais.

Compostos Orgânicos Voláteis (COV): Entre esses compostos estão incluídos os hidrocarbonetos (HC), solventes e alguns compostos orgânicos. São poluentes diversificados. Entre os hidrocarbonetos, classificados como HAP (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos), como o Benzeno, são altamente cancerígenos. Os hidrocarbonetos podem ser provenientes dos solventes, das pinturas e dos automóveis. Os HC também  contribuem com o efeito estufa pela formação de metano (Ch4). Também ajudam com a formação do ozônio troposférico.

Dioxinas
(PCDD) e Furanos (PCDF): As dibenzodioxinas policloradas e dibenzofuranos policlorados considerados produtos secundários de reações químicas com compostos contendo policlorofenóis (herbicidas, pesticidas,  ...), e são tóxicos, bioacumulativos, pertencentes a uma classe de compostos altamente prejudiciais ao meio ambiente, e se acumulam ao longo da cadeia alimentar (peixe, carne, leite, ...). A contaminação humana através da ingestão representa mais de 90% da exposição as dioxinas. Podem causar cloracne (doença de pele semelhante a acne severa, causada pela exposição a químicos que contêm cloro) de moderada a grave em seres humanos e podem causar alguns efeitos cancerígenos em alguns animais. Um dos hidrocarbonetos mais cruel é o metano (Ch4) que tem grande potencial de aquecimento global, além de ser precursor na formação do ozônio troposférico.

Links de sustentação:

O que diz o site o Mundo ao Minuto:

http://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/162131/comeca-hoje-conferencia-do-clima-que-vai-tentar-acordo-global

O que diz o Mundo Itapema:

http://wp.clicrbs.com.br/mundoitapema/2015/11/30/artistas-assinam-carta-aberta-aos-lideres-da-conferencia-do-clima-de-paris/?topo=52,2,18,,220,77

Discurso de Dilma Roussef na Conferência do Clima:

http://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/162131/comeca-hoje-conferencia-do-clima-que-vai-tentar-acordo-global

O que comentou o site Made For Minds:

http://www.dw.com/pt/onu-prev%C3%AA-que-terra-vai-se-aquecer-entre-1%C2%BAc-e-64%C2%BAc-at%C3%A9-2100/a-2335792

Manual para Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

http://carbonmarketwatch.org/wp-content/uploads/2012/03/CDM_Toolkit_PG.pdf

O que o site da Época fala a respeito dos refugiados de hoje:

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/09/numero-de-refugiados-e-o-maior-desde-segunda-guerra-mundial.html

O site Portal Brasil explica o que são Créditos de Carbono:

http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/entenda-como-funciona-o-mercado-de-credito-de-carbono

Slide do professor Antônio Carlos Porto Araújo sobre os Créditos de Carbono:

http://pt.slideshare.net/portodearaujo/crditos-de-carbono-antonio-carlos-porto-araujo

Algumas pequenas definições no site do Ministério do Meio Ambiente:

http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar/poluentes-atmosf%C3%A9ricos

Saiba o que são dioxinas:

https://www.google.com.br/search?q=cloracne&ie=utf-8&oe=utf-8&gws_rd=cr&ei=Kq1dVvGqJYzJwgSBkYcQ#q=dioxina

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Lama até o pescoço

Repassando e-mail

Notícia - 15 - nov - 2015
Vista do arraial de Bento RodriguesVictor Moriyama / Greenpeace)
Greenpeace chega as comunidades de Mariana, em Minas Gerais, para documentar a tragédia causada pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco.
14 de novembro - sábado

Terra arrasada não é suficiente para definir o cenário desolador que deu lugar aos distritos da cidade mineira de Mariana. Contrariando os avisos de que todos os acessos ao arraial de Bento Rodrigues, primeira comunidade a ser atingida pelo rompimento das barragens da Samarco, estariam fechados, encontramos uma estrada privada – de mineração – que nos deixou a menos de 100 metros do pequeno vilarejo.


No caminho, cenas aterradoras de enormes porções de terra totalmente lavadas pela força da lama composta de rejeitos minerais. Pesquisadores do Greenpeace levantaram que um corredor de aproximadamente 500 hectares de lama foi formado no arredores do arraial de Bento Rodrigues, o equivalente a 700 campos de futebol.
A estrada estava de fato bloqueada, mas não pelo Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil, e sim pela própria lama que engolfou parte do caminho. Hora de seguir a pé. Andamos dois quilômetros em meio em um mar mole de barro até alcançarmos um morro que nos colocou frente a frente com a comunidade de Bento Rodrigues. Segundo os moradores, cerca de 80% do lugar foi devastado, restando apenas escombros e animais abandonados que vagam pela destruição em busca de qualquer alimento.
Antônio Geraldo de Paula perdeu duas casas na tragédia, mas sua família inteira sobreviveu (© Victor Moriyama / Greenpeace)
Antônio Geral de Paula, conhecido como "Bem Amado", morava há 40 anos no arraial com a esposa, cunhado, filhos e neto. “Não perdi ninguém, graças a Deus. Em 10 minutos  lama veio de lá a aqui. Perdi duas casas... estamos voltando para tentar pegar os bichos. As galinhas e os cachorros tão tudo lá, passando fome. Eu até entendo ter que fechar o local, mas eles podiam deixar a gente tirar as coisas de lá pelo menos. Ou fazer pelo menos um grupo de voluntários para voltar com os bombeiros”. O agricultor de 52 anos aponta para a caçamba da sua caminhonete, onde dois bezerros trêmulos de medo e ensopados de lama se equilibram no piso frisado e irregular. “Elas tavam atoladas no barro, de hoje não passariam. Por sorte a gente conseguiu salvar”. Perguntado como conseguiu escapar da enxurrada de lama, "Bem Amado" diz que foi o grito dos moradores que salvou ele e sua família.

Entre o morro e o arraial de Bento Rodrigues, um antigo córrego se transformou num rio intransponível de lama. Conseguimos fazer imagens de longe e um sobrevoo com o drone. Quanto mais perto chegávamos, mais a perna afundava no solo mole e mais alto gritavam os trovões da chuva que se aproximava.

Seguimos então para o distrito de Paracatu de Baixo, o segundo arraial mais atingido pela tragédia. De um lado, estrada bloqueada por uma barreira de terra. Do outro, uma ponte que foi consumida e desaparecera após a violenta lama chegar à comunidade. Novamente um cenário desolador, onde os verdes morros de Minas Gerais foram substituídos por irregulares montanhas de lama cinza
Encontramos com Geraldo Nascimento, de 69 anos, olhando da beira da estrada uma casa amarela destruída. “Essa casa era minha. Morava aí faz mais de 40 anos com a minha mulher. Meus filhos já saíram todos de Mariana, graças a Deus não precisaram passar por isso”, ele aponta para o buraco aberto na parede de seu quarto. “Eles ligaram aqui para casa né, falaram pra gente sair. Deu tempo de ir para a casa da minha filha, aqui perto. Agora a Samarco me disse que quer reconstruir a minha casa. Mas parece que tem outra barragem aí em risco né, então acho que aqui eu não fico mais não”. 
A casa do Sr. Geraldo foi destruída pela força da lama (© Victor Moriyama / Greenpeace)
De fato a barragem do Germano, que compõe o complexo de barragens da Samarco e é ainda maior que as do Fundão e de Santarém (as duas que arrebentaram no dia 5 de novembro), está com um trinca de 3 metros, segundo o Corpo de Bombeiros. Tentamos acesso, mas em vão. Na portaria, o guarda nos informou que nem mesmo a Samarco está autorizada a acessar a área.

De volta à Mariana, visitamos o ginásio municipal que recebia as doações vindas de todo o país. Pilhas e pilhas de fraldas, sapatos, produtos de higiene pessoal, cobertor, roupa, produtos de limpeza, brinquedos infantis e galões de água se acumulavam no local. Segundo a coordenadora dos voluntários, Adelma Borges, as doações vieram de todo o Brasil e não param de chegar. “Vamos interromper o recebimento de doação no domingo, às 16h. Já temos muita coisa. O estádio municipal também tá cheio de doação, mais que aqui. Agora a gente precisa organizar tudo”.
Voluntário em meio às pilhas de doações no Ginásio Municipal de MarianaVictor Moriyama / Greenpeace)
A solidariedade massiva, tanto de quem doou, como dos inúmeros voluntários correndo para lá e para cá, é um pequeno consolo ao nosso dia repleto de tristeza causada pela tragédia. Agora seguiremos o curso do Rio Doce, que foi tomado pela lama, para documentar os impactos que os rejeitos minerais da Samarco – empresa controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton – deixaram em seu caminho.
15 de novembro - domingo
O RIo Rigualacho, na comunidade de Paracatuzinho, Minas Gerais, deu lugar a um corredor de lama cercado por árvores mortas (© Victor Moriyama / Greenpeace)
Pela manhã chegamos ao povoado de Paracatuzinho, em Minas Gerais, já a 100 quilômetros da cidade de Mariana. O Rio Rigualaxo, que corta essa comunidade e outras no caminho, deu lugar a um rio de lama cercado de montes e mais montes de barro seco. Olhando suas beiradas, árvores jazem deitadas como peças de dominó caídas ao longo de todo seu curso. Dá para notar a marca da lama em seus troncos, que alcança quase a copa das árvores.

Continuamos numa estradinha de terra, beirando a destruição, rumo a cidade de Barra Longa, ainda no estado mineiro, onde soubemos que muitas casas também foram destruídas e famílias desalojadas. No caminho, passando pelo povoado de Barreto, a estrada estava bloqueada por um caminhão pipa e carros de funcionários da Samarco, que estavam no local distribuindo doações.

Nos aproximamos e conversamos com Sr. Francisco, nascido em Barreto, que acompanhava os funcionários da mineradora com muita curiosidade. Segundo ele, é impossível o acesso para as cidades vizinhas, uma vez que diversas pontes foram destruídas pela força da lama. “Nós estamos presos aqui. Minha mulher está precisando de remédio para o coração, mas nunca chega”.

Nesse momento, os funcionários da Samarco interromperam nosso papo e chamaram o Sr. Francisco e outros dois amigos dele que estavam conosco para um ligeiro mídia training. Ouvíamos de longe: “Muitas pessoas virão aqui, fazer entrevista... As pessoas sempre vão querer falar o lado ruim das coisas. Mas vocês também têm que falar do lado bom, que não é tudo ruim, que também estamos fazendo o bem”.

Funcionários da Samarco chamam Sr. Francisco, de chapéu, para uma 'orientação' (© Victor Moriyama / Greenpeace)

Com o caminhão pipa enchendo as caixas d’água de Barreto, tivemos que dar meia volta e tentar outro caminho. Depois de patinar o carro em muita lama, chegamos a uma ponte totalmente destruída. O único jeito era voltar até a estrada de Mariana para seguir direto a cidade de Ipatinga.

No caminho, ao cruzar o pequeno município mineiro de Ilhéus de Prata, a cerca de 120 quilômetro de onde estávamos, documentamos pela primeira vez o Rio Doce, que ironicamente amarga uma lenta morte. O Greenpeace está trabalhando ao lado de parceiros para identificar o grau de contaminação dessa água, que contém rejeitos minerais como alumínio, ferro e magnésio.

Chegamos a Ipatinga com um restinho de luz do dia, o suficiente para registrarmos um Rio Doce bem mais alargado, ainda tomado de lama. O impacto visual é forte. O impacto ambiental, imensurável.


Vista do Rio Doce tomado de lama, Ipatinga, Minas GeraisVictor Moriyama / Greenpeace)


Alcançamos Governador Valadares às 21h de um domingo aparentemente tranquilo na cidade. Mas sabemos que não é nada disso: falta água na cidade mineira com mais de 270 mil habitantes, que se encontra em estado de calamidade pública. Agora nosso trabalho será por aqui, e depois continuamos até o litoral do Espírito Santo para ver a chegada da lama ao Oceano Atlântico.


Veja mais fotos da expedição no site do Greenpeace, é só clicar aqui :

Como ajudar as vítimas da tragédia de Mariana

Voluntários moradores da cidade de Mariana em Minas Gerais ajudam a separar doações como alimentos, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal e outros itens para os moradores afetados pela lama. Estima-se que 600 moradores afetados irão receber estas doações. (Fotos: Victor Moriyama/Greenpeace)


Muitos de nós, inconformados com as notícias que chegam de Mariana e região, estamos buscando formas de ajudar. Para facilitar essa busca, destacamos os quatro principais sites para informações:

  • O Rio Doce Help! é uma iniciativa prática e ágil de um carioca e um mineiro que dá diversas opções para quem quer se envolver.

  • O Catraca Livre fez uma grande pesquisa, com várias opções de apoio, que vão de doações de alimentos a trabalho voluntário para quem quer ajudar os moradores e animais da região.

  • Já a Cruz Vermelha de Belo Horizonte está arrecadando água, roupas, cobertores e alimentos não perecíveis em sua sede e de lá envia para todas as cidades que necessitam de apoio através da defesa civil e das prefeituras. Mas já adiantamos: o time de voluntários da Cruz Vermelha de Minas Gerais está em Mariana auxiliando os bombeiros e a defesa civil e, no momento, não está recrutando novos voluntários.

  • Se você quer dar apoio financeiro, a Juntos está com uma campanha de arrecadação que já é um sucesso.
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9 multinacionais do chocolate que exploram crianças


A produção de chocolate muitas vezes esconde uma verdade literalmente amarga. As multinacionais do chocolate ainda fazem uso da exploração do trabalho infantil para lucrarem tanto.



Hoje em dia muitas crianças ainda são tratadas como escravas e forçadas a trabalhar em condições precárias. Em setembro passado, foi arquivado um processo contra algumas empresas bem famosas - entre as quais estão nomes conhecidos, como Mars e Nestlé - que para a produção de seus chocolates, financiam o trabalho escravo de crianças na África Ocidental, de onde provêm dois terços do cacau utilizado no mundo


As ações judiciais contra as empresas foram impetradas pela Hagens Berman Sobol Shapiro, sustentando que as gigantes do chocolate tendem a fechar os olhos para as violações dos direitos humanos por parte dos fornecedores de cacau na África Ocidental, sem nenhum problema. Estas empresas enganam os consumidores, porque elas se apresentam como socialmente e eticamente responsáveis, quando na verdade sabem que o cultivo e a colheita de cacau têm lugar em condições desumanas

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Tulane, mencionado na denúncia, para as grandes empresas do chocolate, na Costa do Marfim, mais de 4.000 crianças estão em condições de trabalho forçado para a produção de cacau. Algumas crianças são vendidas para traficantes pelos seus pais desesperados por causa da pobreza, enquanto outras são sequestradas. Os comerciantes de escravos, por suas vezes, vendem as crianças para os donos das plantações de cacau.  

As crianças são forçadas a viver em lugares isolados, são ameaçadas com espancamentos, ficam presas inclusive durante a noite para que não fujam e são forçadas a trabalhar por longas horas, mesmo quando estão doentes, de acordo com as denúncias apresentadas às empresas. As crianças carregam sacolas tão grandes e pesadas, que as colocam em risco de ferimentos graves. A idade das crianças escravizadas varia de 11 a 16 anos, mas também pode haver crianças com idade inferior a 10 anos

Para aumentar a conscientização do consumidor, a US Uncut publicou uma lista das empresas que exploram crianças para a produção de cacau e chocolate, para que os cidadãos preocupados com este problema possam evitar a compra de seus produtos.


1. Hershey
2. Mars
3. Nestle
4. ADM cocoa
5. Guittard Chocolate Company
6. Godiva
7. Fowler’s Chocolate
8. Kraft




Já em 2001, nos EUA, a FDA havia solicitado o rótulo “slave free” nos chocolates produzidos sem a exploração do trabalho infantil, mas as multinacionais se opuseram e a exigência da rotulagem ficou para até 2020, pelo menos. 

Infelizmente, nesse meio tempo, entre 2009 e 2014 o número de crianças que trabalham no setor do cacau aumentou em 51%.
A US Uncut também publicou uma lista das empresas de chocolate que decidiram evitar a exploração do trabalho infantil.
 

1. Clif Bar
2. Green and Black’s
3. Koppers Chocolate
4. L.A. Burdick Chocolates
5. Denman Island Chocolate
6. Gardners Candie
7. Montezuma’s Chocolates
8. Newman’s Own Organics
9. Kailua Candy Company
10. Omanhene Cocoa Bean Company
11. Rapunzel Pure Organics
12. The Endangered Species Chocolate Company
13. Cloud Nine

O que podemos fazer?

Podemos evitar de comprar das empresas que exploram o trabalho infantil com base em um sistema inaceitável para o cultivo e a produção de cacau, escolhendo as que ofereçam garantias de respeito aos trabalhadores, com referência aos produtos de comércio justo

Para se aprofundar ao tema da exploração ligada à produção de cacau e chocolate, sugerimos assistir ao documentário "The Dark Side of Chocolate", no vídeo legendado em português, é só clicar no link aqui em abaixo. 




Leia também:

6 MULTINACIONAIS ENVOLVIDAS COM TRABALHO ESCRAVO E EXPLORAÇÃO INFANTIL

A ESCRAVIDÃO MODERNA: OS 10 PAÍSES QUE MAIS ESCRAVIZAM ADULTOS E CRIANÇAS

12 DE JUNHO: “NÃO AO TRABALHO INFANTIL E SIM À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE” 

Fonte foto: foodispower

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Uso do gás CFC


Postado na Revista Superinteressante - Atualizado em 23/05/2015

                                                                                                                               Por Ricardo Torrico

Erro - Ter passado décadas empregando o clorofluorcarbono em geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e aerossóis.

 

Quem - Indústria de equipamentos de refrigeração.
 

Quando - A partir da década de 1930.
 

Consequências - Os cientistas foram descobrir meio século depois que a substância não só destruía a camada de ozônio como já tinha feito um rombo gigantesco nela.
 

Por mais de 05 décadas, o clorofluorcarbono (CFC) representou uma ameaça silenciosa à vida na Terra. O gás foi sintetizado em 1928, nos EUA, e fez um tremendo sucesso na indústria porque era versátil, barato e fácil de estocar. Passou a ser largamente empregado como gás refrigerante em geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e propelentes de aerossol. E assim foi até a década de 1970, quando suspeitou-se que, ao escapar para a atmosfera, ele estava abrindo um rombo enorme na camada de ozônio.
 
Geofísico Inglês Joe Farman

O debate científico durou mais de 10 anos a partir de 1974, quando a tese foi proposta pela primeira vez, até que o geofísico inglês Joe Farman finalmente comprovasse o fenômeno numa expedição à Antártida - o continente gelado era o que mais estava sofrendo com o fenômeno em meados dos anos 80. O buraco estava lá, tinha quase 30 milhões de quilômetros quadrados e não parava de aumentar. O jeito foi banir o CFC, decisão ratificada em 1987 numa convenção internacional em Viena pela proteção da camada de ozônio. Hoje, o protocolo de banimento do gás tem 191 países signatários. E o esforço tem dado certo: na última década, a velocidade da destruição diminuiu - embora os cientistas calculem que ainda serão necessários 50 anos para que a camada se recupere satisfatoriamente.
 

Males do Sol sem filtro:
 

O problema do CFC é que, além de ser 15 mil vezes mais nocivo ao ozônio que o dióxido de carbono (CO2), ele permanece muitos anos na atmosfera. Já o problema da destruição da camada é que, com um buraco aberto nela, a humanidade fica exposta aos males do Sol sem filtro: câncer e mais uma variedade de doenças. A agricultura, os recifes de coral, as populações de plâncton... tudo isso também sofre - e morre - por causa da maior incidência de raios ultravioleta. Ela altera ambientes, provoca distúrbios ecológicos, fustiga a resistência das espécies e ainda favorece o aquecimento global.
 

Quase 6 por meia dúzia:
 

O compromisso assumido pelos países signatários do tratado de banimento era substituir até o fim de 2010 todo o CFC, que ainda é produzido, por outros compostos. A meta não foi atingida, mas dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente indicam que ela não está muito longe de ser alcançada. Veja o exemplo do Brasil: entre 2000 e 2007, o país reduziu em 96,5% seu consumo do gás.
 

O substituto para CFC encontrado até aqui não é lá grande coisa. Batizado hidroclorofluorcarbono (HCFC), ele é bem menos nocivo à camada de ozônio, mas também provoca algum estrago. O mais promissor candidato a ocupar seu lugar num futuro próximo é o hidrofluorcarbono (HFC), que não tem cloro em sua composição e, portanto, não ameaça nosso escudo natural. No Brasil a ideia é banir o HCFC até 2040.
 

Rumo ao banimento:
 

O Brasil consome 1,3 mil toneladas de HCFC por ano. Esse volume deve permanecer inalterado até 2013, quando terá início uma redução gradual até o banimento em 2040.
 

• A produção do gás foi proibida por aqui em 1999, e sua importação, em 2007. Àquela altura, o país já consumia pouco, apenas 318 toneladas de CFC. No início dos anos 90, eram 11.000.
 

Outro inimigo do meio ambiente que foi celebrado pela indústria e pela ciência foi o diclorodifeniltricloroetano, ou DDT. Ao longo de décadas, o pesticida foi maciçamente usado por autoridades de saúde no combate aos mosquitos da dengue e da malária. Como a eficiência era sua maior qualidade, não deu outra: países como Itália e Espanha erradicaram a malária. E o Brasil alcançou a erradicação da dengue, anunciada com pompa em 1950 pelo então Presidente Eurico Gaspar Dutra. O produto conquistou o mercado doméstico, tornando-se tão popular que acabou dando origem ao verbo "dedetizar"
 
Para o bem e para o mal:

• O DDT demora de 04 a 30 anos para se dissipar depois de contaminar a água ou o solo.
 

• A substância é classificada como "moderadamente" perigosa pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

• Com sua proibição, milhões de pessoas podem ter morrido de malária, principalmente na África.

 

Ruim para mosquitos, pior para humanos:
 

O pesticida DDT também foi muito usado sem que os cientistas soubessem do mal que ele faz
 

Em 1962, no entanto, acendeu-se uma luz vermelha. Estudos indicavam que o DDT podia contaminar seriamente o ambiente, pondo em risco a saúde da flora e da fauna desses locais. E pior: seu efeito acumulativo no organismo humano podia levar a doenças graves, entre elas o câncer. Quem deu o alerta foi a bióloga americana Rachel Carson no livro Primavera Silenciosa (Ed. Gaia). Mas aí já era tarde - um número incalculável de vítimas já estava contaminado ao redor do mundo.
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Rachel Louise Carson
Uma frase de Rachel
Recorte de jornal da época sobre o assunto.
Minhas considerações:

Já comentei aqui sobre a importância que tem esse livro, Primavera Silenciosa, assim como a existência de Rachel Carson, que foi a sua autora e mãe de todos esses questionamentos, que desde 1962, nos fizeram ver as questões que recaem sobre a não preservação de nossos recursos naturais. Assim como grito alerta, de como devemos tratar o nosso solo, ter mais respeito pelos nossos recursos hídricos, o cuidado merecido com o nosso ar, e mais algumas coisas entrelaçadas a esses tópicos e que são de vital importância ao nosso meio ambiente. E não somente ao que se resume a agricultura, como pregam alguns, Primavera Silenciosa, é sim, para tudo que se entende de saúde a meio ambiente, até o quê podemos definir como social e econômico dentro desse contexto, e que hoje podemos definir como o triângulo da sustentabilidade, algo tão falado, mas que infelizmente serve como uma máscara para aqueles que não se importam com a segurança do nosso planeta (tão castigado) e que deve ser tratado e visto como um organismo vivo e único. Muitos, no entanto, ao lerem esse livro podem ter uma interpretação errônea e ver a química como uma grande vilã, o que na verdade não é, pois a mesma química que criou substâncias danosas, e muito mal aplicadas pela humanidade, também é a química que nos socorre em muitas outras coisas. Primavera silenciosa é isso, um grito para que despertemos e não fiquemos omissos a tudo que extrapole ao que já foi definido como devemos tratar o que há ao nosso redor, pois conforme o nosso "cresce" o nosso desenvolvimento é fato que causamos, e causaremos mais ainda, vários impactos ambientais negativos, isso em vista dos interesses financeiros, que muitas das vezes está acima do social, e assim passam por cima de qualquer preocupação com a saúde da população e da natureza como um todo, portanto... a questão da sustentabilidade é nenhuma. Primavera Silenciosa, esse alerta de 1962 é ainda algo muito do atual, infelizmente!!!

 
Links de sustentação:

Postagem original da Revista Superinteressante:
http://super.abril.com.br/ideias/uso-do-gas-cfc

Rachel Carson e seu livro Primavera Silenciosa:
https://www.google.com.br/search?q=1962+Rache+Carson&ie=utf-8&oe=utf-8&gws_rd=cr&ei=SLxAVoCVFsHEwASgkJTgCQ#q=Rachel+Carson

O que o site Brasil Escola fala do assunto:
http://www.brasilescola.com/geografia/buraco-na-camada-ozonio.htm
 

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