QUEREM SABER...

QUEREM SABER...

Seguidores

Pesquisar este blog

Quem eu sou?!

Minha foto
Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil
Mostrando postagens com marcador ANP. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ANP. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 22 de março de 2012

22 de março - Dia da Água


A poluição é o nosso pior resultado para aquilo a quem chamamos de progresso, e quando digo progresso eu falo daquele que é sem nenhum planejamento, ou quando o tem é feito apenas para  demonstrar que o fizeram, pois nada tem de seguro ou confiante. Um caso típico seria a construção da nova linha do metrô no município do Rio de Janeiro, onde o estado terá que fechar duas estações, mesmo que temporariamente, para que a nova passe por debaixo das mesmas, já que estas estão no caminho da nova rota, só que esse só afeta os cofres públicos, apesar de ferir mais ainda a geografia da cidade. Isso é um bom exemplo de progresso sem planejamento. 

Outro caso, e é esse que vou dar importância, é a sucessão de erros por parte da multinacional americana Cevron, que alguns dias atrás caiu no mesmo erro de novembro de 2011 no Campo do Frade na Bacia de Campos, estado do Rio de Janeiro, e que por sua vez havia cometido o mesmo erro em outros tantos meses mais, lá no Golfo do México. O assessor de diretoria Silvio Jambloski, da ANP, que é a nossa Agencia Nacional do Petróleo disse que os acidentes causados pela Cevron não chegaram a ter um efeito catástrofe e que estes são aceitos pelo fato de não ter havido um grande impacto ambiental, e apesar dos erros cometidos a Cevron não tem culpa dos incidentes. Então além de isso denotar progresso não planejado ainda há a questão do descaso por parte da digníssima empresa e também do nosso digníssimo governo, este representado pela ANP. E mesmo que o MPF (Ministério Público Federal) denuncie tanto a Cevron quanto a Transocean, a parceira de erros da empresa americana (leia postagem do dia 25/11/2011 de título: E com vocês..., mais um crime ambiental), a parte responsável pela vigilância de coisas assim, faz vistas grossas, pois só cobrar multas não adianta, tanto é que a repetição do mesmo erro nos prova isso. Se o despejo de 2,5 mil a 03 mil barris de óleo cru em nossas águas litorâneas, que foi a quantidade desta vez,  não ser visto como um grande impacto ambiental, não sei mais o que será preciso para que num futuro se alguma coisa do tipo vier a acontecer, seja visto como um. Já esta agora do dia 08 de março, e que ocorreu a 120 km da costa do estado do Rio, contaminou nossas águas com uma mancha de óleo que alcançou, nada mais, nada menos, do que 18 km de extensão, e assim totalizando uma área de 11,8 km2. Um erro também considerado de pouca importância no que concerne a impactos ambientais. Erros desse tipo, que deveriam ser evitados através de planejamentos mais minuciosos, não podem ser vistos como simples incidentes, pois quase tudo que extraímos, fabricamos, industrializamos deixam resíduos sólidos ou úmidos, que por muitas vezes são lançados no meio ambiente e este por sua vez quando os absorve, ou não, danificam ecossistemas terrestres ou marinhos, e até mesmo cidades, trazendo mortandade para a fauna e flora, ou doenças para a população da área afetada. Muitos governos, empresas e indivíduos ainda não tem a preocupação de como tratar desses resíduos, e assim estes, tanto pessoas como resíduos, contribuem para o que chamamos de poluição.
e veja os diversos tipos de resíduos
que existem e ai estão sendo despejados na natureza.
Hoje em pleno dia da água, as praias de Ipanema, Leblon, Copacabana e Barra da Tijuca, as  mais famosas do Rio, foram consideradas impróprias para o banho pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), e o pior é que durante todo o dia não haviam placas anunciando a situação de perigo enfrentada por parte dos banhistas que mergulhavam em águas sujas e com bactérias acima do limite recomendado, podendo causar desde micoses a hepatite.
O nosso país, apesar de todo o seu desperdício de água, é abençoado, ao contrário de outras nações que já se privam desse nosso bem maior, e sem ela a vida não aflora. Aqui temos o maior sistema de água subterrânea da Terra, o Aquifero Guarani, como também o maior rio, o Amazonas, mas isso não nos dá o direito do desperdício, que tanto praticamos. O conceito da Pegada Hídrica (ou Water Footprint), criada pelo Prof. Arjen Hoekstra, é a medida diária, ou anual, de tudo aquilo que é industrializado e consumido onde a água esteja como componente, e segundo cálculos feitos, nós brasileiros consumimos em média 1.381m3 per capita por ano, e é claro que nesse calculo está presente o nosso descaso em relação ao nosso desperdício. O Brasil enfileira como um dos maiores desperdiçadores desse bem. Então, que o III Fórum da Sustentabilidade, que está ocorrendo em Manaus seja um prenuncio de que realmente as nações estejam interessadas em ver o quanto o progresso, esse procedimento tão necessário, não seja o veiculo maior para tantos desastres. E que venha a Rio +20 para fortalecer ainda mais a ideia de que nosso ar, nosso chão e a nossa tão preciosa água pedem socorro.

Links de sustentação:

Site de uma dos maiores biólogos ativistas de país, Mario Moscatelli:

Jornal da Biologia:

A ação do IBAMA em relação a Chevron:

III Fórum da Sustentabilidade:

Um pouco sobre o Prof. Arjen Hoekstra no site SOS Rios do Brasil:

E que hoje o planeta inteiro brinde a vida com a água potável que todos nós merecemos.


É possível dar ordem ao caos...
Abraços, sempre!!!...
 
Mu®illo diM@tto
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

E com vocês..., mais um crime ambiental

Estava aqui pensando com os meus botões em como eu iria iniciar a postagem sobre a questão do vazamento de óleo na Bacia de Campos, e isso demorou bem mais do que o esperado, pois pensava em como viria a apontar as várias contradições, tanto da parte das empresas em questão, quanto da parte dos governos municipal, estadual e federal

Agora em vias da aprovação desse novo (e louco) código florestal, e de como os royalties do petróleo nos fora arrancado, penso ser o momento certo. 

Ao meu entender, o quê deveria ser feito em situações como essa ocorrida no Campo do Frade em 08 de novembro desse ano, seria: 
Em primeiro lugar: A empresa responsável, pela extração, deveria estar calçada de todos os procedimentos de segurança para que coisas assim não ocorressem, e isso seria o óbvio, se aqui, o erro não tivesse partido não só de uma, mas de duas empresas em questão, da Chevron e da Transocean

Tanto uma quanto a outra, antes de entrarem em operação deveriam ter sido vistoriadas pelas instituições brasileiras responsáveis pela vigilância nesta área, se foram, eu não sei, mas se sim, a vistoria deve ter sido feita a vistas grossas.
 
Em segundo lugar: Tanto os órgãos brasileiros que monitoram a exploração de petróleo, e assim cuidam do nosso meio ambiente, quanto as secretarias municipal e estadual e o próprio Ministério do Meio Ambiente e o Ministério de Minas e Energia, deveriam ter mecanismos de prevenção e reparos próprios para quando acontecesse coisas assim não ficassem a mercê da boa vontade de quem comprometeu ou causou algum acidente dessa magnitude

Nesse caso, todos nós assistimos a morosidade das empresas em questão, tanto pela falta de aparelhos que pudessem amenizar de forma satisfatória toda essa longa novela, cheia de capítulos obscuros, quanto pela falta de transparência das mesmas. 

A Chevron para quem não sabe, faz parte do mesmo grupo da Texaco, grupo esse que hoje é mais conhecido como Supermajor, ou Big Oil. E essa distinta mega empresa, entre os anos de 1964 a 1990 despejou uns 650.000 de galões de lixo tóxico nos rios e nos bosques da Amazônia Equatoriana. Substâncias tão tóxicas, que juntamente com a lentidão do governo do Equador, contribuiu para que índios e aldeões tivessem seu estilo de vida comprometido, sem falar na mortandade causada aos animais locais

A Chevron, também foi a responsável pelo desmatamento de dois milhões de hectares na mesma área. Quando o governo equatoriano resolveu punir a empresa, o dano ecológico já era enorme, e quando foi punida se retirou do local, e mesmo sendo forçada pelo tribunal, disse que jamais faria a limpeza ou reparação do dano. Até hoje através de seus departamentos de relações públicas e usando de poderosos lobbys intimidam seus críticos para que estes fiquem em silêncio. E assim se esquiva de sua culpabilidade pelo enorme desastre ambiental, que conforme foi provado pela justiça, ela é a única causadora.  

Já a Transocean, é aquela que junto com a empresa britânica, BP, estava de frente ao vazamento de óleo ocorrido em 24 de abril de 2010, no Golfo do México, e que despejou no oceano nada mais do que 779 milhões de litros de óleo bruto, e que por isso foi multada em R$ 35 bilhões.  

Essas informações estão aí pela internet, revistas e jornais da época, para que qualquer um se informe e assim faça uma avaliação de quem são essas empresas, com isso, chego a conclusão, e nem é preciso ser muito inteligente para isso, é que não há um prévio cuidado e uma sindicância a altura sob as empresas que entram em nosso país para desenvolver trabalhos assim, pois como sempre, o dinheiro fala mais alto

Esse procedimento deveria estar a cargo, e está da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), autarquia federal, vinculada ao Ministério das Minas e Energia. 

Empresas com  históricos assim jamais poderiam ser autorizadas a trabalhar em nosso litoral ou qualquer outra parte dele.      
  
E agora que parte do novo código florestal foi encaminhada para a câmara dos deputados, e aprovado, é preciso que o povo brasileiro tome muito cuidado com esses que o aprovaram, pois que saberemos quem de fato são: políticos descompromissados com tudo, menos com o dinheiro, pois para aprovarem algo assim, é por que a propina dos ruralistas correu solta. Portanto, acordemos antes que não sobre mais planeta habitável pra você, seus filhos, netos e para quem mais quer que seja!!! 

De antemão já indico dois políticos que foram defensores desse texto louco, o agora atual senhor ministro dos transportes, Aldo Rebelo (que foi o relator) e o digníssimo senhor ACM Neto, do DEM...  

Além da questão dos royalties que despreparou não somente os municípios que os recebiam, como o próprio estado para questões desse tipo, pois se antes não havia uma situação de reparo para incidentes assim, imagine agora sem essa dinheirama, toda?! 

E isso, devemos agradecer aos senhores Humberto Souto e Ibsen Pinheiro e todos os que apoiaram. Guardem esses nomes para que nas próximas eleições, vocês se lembrem deles por suas atitudes insanas e os esqueçam como políticos merecedores de seus votos... por favor!

O grande espetáculo da incompetência finda quando esses "profetas de plantão", pagos por quem cometeu tais crimes ambientais, tentam por meios ridículos de cálculos arranjados, e todos com certeza, muito improváveis, afirmarem que o impacto ambiental será assim ou assado, mas cálculo nenhum poderá dizer o quê somente os anos dirão, e o quê, talvez, nos digam, podemos não gostar...
  
Links de sustentação:

A atitude do Governo do Rio de Janeiro:

Sobre a Chevron:

A participação da Transocean no Golfo do México:

Repercussão internacional do caso:

Opinião do Greenpeace:

Pedido de desculpa do presidente da Chevron:

O que foi noticiado pela Veja On-line a respeito do vazamento no Golfo do México:


O que dizem a respeito do novo código florestal:




É possível dar ordem ao caos.
 Pense verde, o planeta azul agradece.
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto