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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Antinatalismo - O quê podemos pensar disso?

'É um erro trazer novos seres humanos ao mundo': o polêmico pensamento antirreprodução do filósofo David Benatar.

O destino dos animais está ligado ao excesso da população humana. Esse artigo me pareceu adequado para pensarmos em muita coisa....

Autor de livro chamado, em tradução livre, 'Melhor nunca ter existido',  defende suspender a procriação, até que a humanidade seja extinta. Um dos motivos principais: a vida é cheia de dor e sofrimento.


David Benatar diz que poderia ser considerado "o filósofo mais pessimista do mundo" por sua convicção de que a vida é terrível e não vale a pena ser vivida.

Em seu livro Better Never to Have Been ( Melhor nunca ter existido, em tradução livre), o diretor do departamento de Filosofia da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, assegura que nascer é uma profunda desgraça.

Por isso, para Benatar, que tem 51 anos, a humanidade deveria parar de procriar até que todos os seres humanos sejam extintos da Terra.

A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conversou com o filósofo para entender em que se baseia a teoria de um dos maiores expoentes da corrente conhecida como "antinatalismo" - e para tentar saber como ele aplica os conceitos na própria vida.

BBC - Você pode por favor explicar o que a corrente conhecida como 'antinatalismo' defende?
David Benatar - O antinatalismo defende que não deveriam nascer novas pessoas no mundo.

BBC - Por que não?
David Benatar - Há várias razões, para mim. Uma delas é que nós não deveríamos dar vida para pessoas que no futuro vão enfrentar sofrimento. Há muitos argumentos a respeito, mas um deles é que há muita dor e sofrimento na existência humana. Por isso que é um horror trazer novos seres humanos ao mundo.

BBC - Mas também há coisas boas na vida…
David Benatar - Sim, também há coisas boas. Mas a questão é se essas coisas boas valem a pena ante a dor das coisas ruins. Me parece que com frequência as pessoas esquecem o quão ruins são as coisas ruins da vida.
Há numerosas evidências psicológicas de que a gente superestima a qualidade de vida, pensa que é melhor do que na verdade é. Outro erro frequente é pensar no futuro e não se dar conta da quantidade de sofrimento que muito provavelmente as pessoas terão no fim de suas vidas.
Pense em como as pessoas morrem, pense no câncer, nas enfermidades infecciosas, nas doenças. Há muito sofrimento ao final da vida, muito. E muitas pessoas se esquecem disso.

BBC - Mas se você estiver certo e efetivamente a vida for tão terrível, as pessoas deveriam sempre recorrer ao suicídio, não?
David Benatar - Sim, mas o suicídio, em primeiro lugar, tem um custo que você evitaria se não chegasse a nascer. Se uma pessoa não nascesse, se nunca existisse, evitaria passar por coisas ruins da vida.
O suicídio pode ser o menor dos males, mas segue sendo um mal. Mas mesmo que algo esteja mal, a pessoa segue querendo não morrer, a maioria continua com sua existência. Outro custo do suicídio é que ele gera dor e sofrimento nas pessoas que gostam de você.


BBC - Mas a reprodução é algo natural para o ser humano. O antinatalismo não é portanto antinatural?
David Benatar - Nem tudo que é natural é bom. Ficar doente, por exemplo, é algo completamente natural. Mas, mesmo sendo natural, as pessoas são aconselhadas a se tratar com remédios ou realizar cirurgias.
A agressão também é uma forma de expressão natural entre os seres humanos e outros animais, mas não parece uma coisa boa ceder a ela ou a outros tipos de impulsos naturais.
O que é natural e o que é moral ou eticamente desejável e recomendável são coisas diferentes.

BBC - Então, para você, o aborto é algo ética ou moralmente defensável?
David Benatar - Sim, naturalmente. O antinatalismo defende que é um horror trazer novas pessoas ao mundo, e o aborto é um dos meios para evitar isso.

BBC - Nós, seres humanos, não somos os únicos a sofrer, muitos animais levam vidas muito difíceis. O que fazemos com eles? Nós devemos exterminá-los para salvá-los da dor da experiência?
David Benatar - Há uma enorme diferença entre exterminar e se extinguir por morte natural. Exterminar seria matar, e não sou a favor de matar seres humanos, nem animais. Talvez existam algumas raras exceções e cenários que poderíamos considerar.
Mas, no geral, não apoio que se mate pessoas ou animais. Mas sou a favor da extinção, e um dos modos de fazer isso seria não dar vida a novos seres.
No caso dos animais, há muitos que vivem em liberdade, que não são criados por seres humanos. Mas há muitos que são, como aqueles criados em granjas - que mantemos para matarmos depois e comer. A respeito deles, nós estamos provocando um sofrimento indizível, acho que não deveríamos criá-los. Nós podemos nos alimentar perfeitamente sem eles.

BBC - No lugar de extinguir a raça humana e de deixar de trazer novos filhos ao mundo, não poderíamos melhorar o mundo para que a vida seja menos dura?
David Benatar - Bom, eu creio que sempre estamos melhorando o mundo e que nós, que existimos, deveríamos sempre fazer de tudo para melhorá-lo.
Mas é excessivamente otimista pensar que vamos melhorar o mundo até o ponto de eliminar o sofrimento e que nossos filhos estarão livres de sentir a dor implícita à vida. Seria algo tão distante no futuro que implicaria muitas gerações, gerações que iriam sofrer a dor de terem sido trazidas a este mundo.
E sacrificar gerações em nome do futuro me parece algo indecente.


BBC - Sendo a vida tão terrível, por que você acredita que as pessoas decidem ter filhos?
David Benatar - Não sei. Muitas pessoas não sabem o que significa ter filhos, simplesmente os têm. A metade das crianças do mundo não são desejadas.
Há sim pessoas que pensam no assunto. Mas na maioria dos casos, os motivos que elas dão para ter filhos são baseados em seu próprio interesse: porque querem que seus genes passem para alguém, porque querem experimentar ter e criar um filho. Há quem inclusive fale em altruísmo: querem filhos pensando na comunidade, em satisfazerem o desejo dos pais de terem netos.
Mas, na maioria dos casos, creio que as pessoas simplesmente não se perguntam o que verdadeiramente significa ter um filho.
E não se perguntam porque é algo tão comum, tão natural, que acham normal a necessidade de gerar filhos. Poucas pessoas se questionam sobre as questões éticas de se trazer um ser humano ao mundo.

BBC - Mas se pegarmos por exemplo o caso de uma criança que acaba de nascer e que vá ter uma vida boa, plena e feliz. Não seria imoral privá-la dessa boa vida?
David Benatar - Bom, essa criança poderá ser feliz em alguns momentos específicos, isso não se discute. Mas quando de traz uma criança ao mundo não, ela não é gerada apenas para esses momentos felizes. Essa criança também vai envelhecer, ficará doente, vai morrer no futuro. Temos que pensar em sua vida por completo, e não apenas nos momentos agradáveis que viverá.
Pense: os bebês são infelizes muitas vezes, é só você ver quando eles estão chorando. Há muitas decepções e frustrações que eles têm de enfrentar.
Mas inclusive se falarmos de uma criança genuinamente feliz, poderia ser um caso do que se chama de "preferências adaptativas" (preferências geradas em circunstâncias de restrição de oportunidades).
Pensemos, por exemplo, em um grupo de pessoas que educa outras para que sejam seus escravos. Essas pessoas escravizadas então, poderiam ficar contentes e não se importar com sua condição de escravidão, porque elas foram criadas para pensar dessa forma.
Pois bem: eu seria contra a ideia, mesmo que as pessoas se sintam felizes.


BBC - Os pais, segundo seu raciocínio, são responsáveis pelo sofrimento que seus filhos venham a sofrer, por terem decidido trazê-los ao mundo. Eles também são responsáveis pelo sofrimento dos filhos de seus filhos, e de seus bisnetos, e assim sucessivamente?
David Benatar - De certa forma, sim, indiretamente. Não que tenham responsabilidade completa - ela só pode ser atribuída a quem teve seus próprios filhos. Mas quando alguém decide se reproduzir, deve saber que está criando outros potenciais reprodutores. E, se alguém pensa em todas as gerações, que seguem uma decisão reprodutiva, ele percebe a grande responsabilidade que isso (ter filhos) implica.

BBC - Você acredita que sua ideia de parar a reprodução para que a humanidade seja extinta poderá ter êxito um dia?
David Benatar - Não, não creio, ao menos em grande escala. Eu acho que haverá alguns indivíduos que vão decidir não procriar, conheço alguns deles. Por isso considero que o antinatalismo pode ter êxito em pequena escala. Mas acho que mesmo assim é importante, porque muita gente será poupada do sofrimento por não ter vindo ao mundo.
Não sou um ingênuo, não creio que minhas ideias convençam o mundo todo. Mas acredito fortemente que o quê digo é verdade. Gostaria que as pessoas pensassem melhor sobre o quê significa ter filhos.


BBC - Quando você decidiu abraçar o antinatalismo?
David Benatar - Sempre pensei de maneira parecida, mas desenvolvi essas ideias ao longo dos anos. A ideia básica para mim é óbvia, mas não sei se para os outros também é.

BBC - Você lamenta estar vivo?
David Benatar - Não gosto de responder perguntas pessoais. Prefiro falar sobre conceitos e ideias.

BBC - Você censura seus pais por te trazer ao mundo?
David Benatar - Talvez você queira olhar a dedicatória de meu livro.

BBC - Sim, eu li. Está escrito: 'A meus pais, apesar de terem me dado a vida'.
David Benatar - Então você já sabe. Não tenho mais nada a dizer a respeito.

BBC - Última pergunta: você tem filho?
David Benatar - Essa é outra pergunta pessoal.

FONTE: Terra


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Minhas considerações: 
Muita coisa defendida por David Benatar em seu antinatalismo, eu não concordo... mas é evidente, que em um sentido geral, o planeta (como um todo) já demonstra o quanto somos prejudiciais a ele. Falamos a todo momento de pragas urbanas ou rurais, e no entanto não nos vemos como uma... e o pior é que somos. É preciso sim, um grande controle de natalidade, haja vista pelo tanto que destruímos, para impor o nosso modo de vida... com isso ar, água, solo, fauna e flora se vão. É preciso sim, que algo seja feito, mas usando de qual procedimento para isso? Essa é a questão... pois se usarmos métodos errados, tipo a imposição de alguma lei que determine isso, ou até coisa pior, estaremos justamente concordando com Benatar, de que a vida é mesmo algo que só traz sofrimento.
=====<<<<XXX>>>>=====
É possível dar ordem ao caos.
 Pense verde, o planeta azul agradece.
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Repassando e-mail: Salvem o Código Florestal

Meus caros amigos, é chocante, mas a Comissão Especial da Câmara, tomada por deputados ruralistas, conseguiu enfraquecer o nosso Código Florestal. Porém a lei ainda não foi para votação, então ainda podemos salvar nossas florestas. Não temos muito tempo, mas ainda podemos agir, portanto a hora é agora. Repassem essa informação para amigos, colegas de trabalho, cursos e faculdade, pois a cada minuto que perdemos os deputados ruralistas adquirem forças e fecham acordos com aqueles que indecisos estão.


A campanha pelo Código já chamou atenção em Brasília, houve algumas revisões no texto e conseguimos entregar a nossa petição para deputados e líderes partidários depois que as nossas 40.000 mensagens foram bloqueadas pela Câmara. Porém, vamos precisar de apoio para dar fôlego à campanha e para encarar o poderoso agronegócio.


Nós podemos focar em deputados indecisos, lançar um apelo midiático, organizar ligações em massa e manifestações, estando presente com mobilizações em massa a cada momento decisivo. Nós já somos mais de 650.000 pessoas da comunidade da Avaaz no Brasil, se cada um de nós contribuirmos com a quantia de R$ 5,00 as nossas vozes serão ouvidas, como fizemos com a Ficha Limpa. Essa quantia será usada para custos, como a confecção de cartazes, para dar só um exemplo. Clique abaixo para contribuir:



Nós sabemos que as nossas campanhas funcionam. Algumas semanas atrás entregamos a maior petição da história em prol das baleias, diretamente para os delegados da Comissão Baleeira Internacional. A nossa campanha se tornou a principal notícia do BBC World News e ao final, apesar do forte lobby das nações a favor da caça comercial de baleias, a proibição da caça foi mantida, para desespero de alguns países.


Aqui no Brasil nós sabemos que a nossa comunidade é uma nova e poderosa força democrática – apesar de quase 25% dos deputados responderem a processos na justiça, nos disseram que a Ficha Limpa nunca iria passar, mas depois de construirmos a maior campanha on-line na história do Brasil, nós vencemos! Mas é claro que nada disso foi noticiado, já que os grandes meios de comunicação pertencem a quem está no poder, ou estes estão de acordo com quem está, portanto é difícil esperar uma outra atitude por parte da mídia, seja ela rádio, jornal ou televisão, ou até mesmo internet. E o engraçado é que quando anunciam não há uma grande proporção, caindo assim no esquecimento. Por que seria?


Especialistas dizem que se a proposta ruralista passar, esta será a maior perda ambiental em décadas, permitindo a destruição de 80 milhões de hectares de florestas nativas e dando anistia para todos os crimes ambientais desde 2008. O Código Florestal garante não só a preservação das florestas e as populações que dependem dela, mas também previne as mudanças climáticas, e isso sem falar que preservar florestas é manter o habitat de muitos animais que não sobreviveriam em outras áreas por serem endêmicos.


O poder do modelo da Avaaz é usar a tecnologia para que uma pequena equipe possa gerar o engajamento coletivo de milhões de pessoas. A campanha da Ficha Limpa foi possível com apenas alguns membros da equipe da Avaaz, servindo toda a comunidade no Brasil. Clique abaixo para doar uma pequena quantia para turbinar a nossa campanha, desafiando os ruralistas e defendendo o Código Florestal:
A nossa comunidade no Brasil contribuiu para desafiar as convenções e trazer uma nova política, transparente e responsável. Vamos agir juntos novamente e construir este movimento para garantir que as políticas e leis reflitam os interesses de todos nós brasileiros e não somente uma minoria poderosa. Juntos nós podemos construir o Brasil que queremos, e podemos ter. E lembrem-se, ir contra isso tudo é dar as mãos a Chico Mendes, que foi morto por acreditar que a preservação das matas era crucial.


Links de sustentação: 

Mudança no Código Florestal pode resultar no desmatamento de 80 milhões de hectares:


Novo código florestal pode agravar ameaça à Amazônia:

Quer saber o que é a Avaaz, e como participar de suas campanhas?
A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 4,9 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 04 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.


Para entrar em contato com a Avaaz, escreva para o link www.avaaz.org/po/contact. Participe das  petições. A Avaaz luta por uma vida mais saudável e pacifica, com a sua maior arma: A palavra.

Participem dessa luta, pois sei que também acreditam em uma forma de convívio onde todos possam integrar sem no entanto, por motivo algum tenha que se ferir o planeta em que vivemos. 


Com esperança, Graziela, Ricken, Alice, Luis, Iain, Pascal, Benjamin e toda a equipe Avaaz.



É possível dar ordem ao caos...
Abraços, sempre!...



Mu®illo diM@tto