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sexta-feira, 22 de março de 2019

O dia mundial da água... comemorações e preservações a parte.

OS RIOS, LAGOS E MARES MAIS POLUÍDOS DO MUNDO

Publicado em 21/03/2018 pelo site: Menos Um Lixo.

‍Você sabe o que o rio Tâmisa, na Inglaterra, o rio Reno, que atravessa a Europa, e Córrego Cheonggyecheon, na Coreia do Sul, tem em comum? Os três já foram reconhecidos pela péssima qualidade de suas águas, mas que, após muito esforço, se tornaram referência em recuperação ambiental e despoluição.

No Brasil, por outro lado, a despoluição das águas ainda não é motivo de grande preocupação para o governo. Segundo o IBGE, o rio Tietê, em São Paulo, o rio Iguaçu, que faz divisa entre Santa Catarina e o Paraná, e o rio Ipojuca, em Pernambuco, são os primeiros colocados no ranking dos cursos de água mais poluídos do país.

De acordo com a nossa legislação, mais precisamente com o Artigo 271 do Código Penal, quem corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva à saúde, é passível de sofrer pena de 2 a 5 anos de reclusão. Se isso é aplicado na prática? Fica a dúvida.

Ainda assim, o Brasil não é nem de longe a casa dos rios, mares e lagos mais poluídos do mundo. O rio Citarum, na Indonésia, é considerado o mais poluído e tóxico do planeta. Ele, que possui mais de 300 quilômetros de extensão, tornou-se um perigo significativo para a saúde a partir do século 20, quando muitas empresas despejavam seus resíduos em suas águas. É super poluído por elementos químicos, como chumbo e pesticidas. A bacia do rio ocupa 13 mil km² e fornece 80% da água em Jacarta, irriga 5% das fazendas de arroz e atinge até 9 milhões de pessoas indiretamente. E são encontrados 1000 vezes mais chumbo do que o permitido pela norma internacional para água potável.

O berço das civilizações antigas, o Mar Mediterrâneo, por sua vez, é considerado como o mais sujo do mundo. Segundo um estudo realizado pela Universidade de Exeter, na Inglaterra, e pelo Greenpeace, calcula-se que todo ano 15 milhões de toneladas de detritos - principalmente garrafas e outras embalagens plásticas - são lançados nas areias e nas águas azuis das praias da Itália, da França e da Espanha.
Resíduos encontrados no Mar Mediterrâneo.[/caption] 
Fonte: Washington Post.

É o maior mar interior do mundo, com 2,5 milhões de km² e o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) calcula que 650.000.000 bilhões de toneladas de esgoto sem tratamento são despejados todos os anos no mar, que é cercado por mais de 20 países. São 36 mil toneladas de fosfato, 60 mil de mercúrio e 129 mil de óleo mineral. E parece que por lá a quantidade de microplásticos é 6x maior do que a média mundial. ‍

Já perto da Rússia, o Lago Karachay é conhecido como o lugar mais radioativo da Terra. Ainda que bonito, ele emite 200 vezes mais radiação do que seria considerado normal, mais do que suficiente para matar alguém em menos de uma hora de exposição. Foi usado como descarte de lixo radioativo na década de 1950.

Na terra dos hermanos argentinos, a bacia do rio Matanza-Riachuelo se destaca pela poluição dos compostos orgânicos voláteis (presentes especialmente em produtos de limpeza) e afeta 20 mil pessoas e 60% dessas pessoas vivem nas encostas do rio, que são consideradas impróprias para moradia. São 15 mil fábricas que despejam produtos químicos no rio. 

E, claro, que não poderíamos deixar de falar do Oceano Pacífico, famoso pela mancha de lixo, que recebe o despejo das populações da Ásia e da América do Norte e tem uma das maiores concentrações de lixo marinho do mundo, com até 15.000.000km² de extensão. Muito desse lixo é plástico e, especialmente, microplástico, destacando uma área problemática entre o Havaí e a Califórnia. E, como não é completamente visível, o lixo da superfície é só uma parte da situação, já que as manchas chegam a 10 metros de profundidade e ser maior do que o estado do Texas. Segundo a ONU, já é possível enxergá-la do espaço, tal como a Muralha da China...

A NASA divulgou um vídeo da trajetória do lixo marinho ao longo dos anos via satélite, vale dar uma olhadinha pra entender a gravidade do problema:



 

A água é o recurso mais importante e vital do mundo. Muito já foi falado sobre a distribuição dela pelo mundo, sobre dicas para reaproveitá-la, como o esgoto vai parar nos oceanos e muita coisa pelo Menos Um Lixo, já que a Fe Cortez idealizou o movimento e o copinho, pensando no lixo descartável que vai parar nos oceanos diariamente. 

A coisa está muito feia, mas ainda dá tempo! Vamos fazer disso a nossa força para mudar o mundo?

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terça-feira, 12 de julho de 2016

Danos Ambientais: 1986 - Explosão na Basiléia - Suiça

Postado em: http://zonaderisco.blogspot.com.br/2012/04/incendio-produtos-quimicos-provoca.html - Terça-feira, abril 24, 2012


Considerado como um dos maiores impactos ambientais, de causa não natural na história da Europa, a explosão de um depósito da empresa Sandoz, ocorrido em 01 de novembro de 1986, por volta das 12 horas e 30 minutos, na cidade suiço-germánica da Basiléia, colocou o importantíssimo Rio Reno em uma situação bastante delicada...  um incêndio, meio que inexplicável, foi a causa. Já no início do incêndio, os bombeiros que lutavam contra o fogo concluíram que precisariam utilizar da água de um canal do próprio rio para agilizar o combate, pois em poucos minutos o incêncio atingiu proporções incalculáveis... só que essa mesma água acabou retornando para o Rio Reno, agora, contaminada por produtos químicos pesados como agrotóxicos, pesticidas e outros a base de mercúrio...    

Incêndio em produtos químicos provoca desastre ecológico no Rio Reno

Em 01 de novembro de 1986, às 12h e 30min, ocorreu um incêndio de grandes proporções no depósito de produtos químicos da Sandoz, próximo à cidade de Basel (Basiléia), Suíça, que continha vários produtos químicos, tais como; inseticidas inibidores de colinesterase, fungicidas a base de compostos de mercúrio, pós-químicos e uréia.

O incêndio durou várias horas e os bombeiros lutaram para controlar as chamas.

Grandes volumes de água foram usados para combater as chamas (400 l/s) e muito desta água fluiu para o Rio Reno. O incêndio era tão colossal para ser combatido com apenas espumas, que são específicas para tais incêndios. Tambores de produtos químicos explodiam no ar como se fossem granadas. A água que teve que ser usada para combater o incêndio foi obtida na proximidade (canal) do Rio Reno.

RIO RENO
Mapa-A - região em vermelho, região do rio que foi durante atingida. A seta em amarelo indica a cidade de Basel (Basiléia)


O rio mais caudaloso da Alemanha nasce nos Alpes Suíços e desemboca no Mar do Norte na Holanda. Tem 1320 quilômetros de extensão, vários afluentes e uma bacia fluvial espalhada pela Europa, que abarca 250 mil quilômetros quadrados, com amplas ramificações na Bélgica e Holanda. Sua largura vai de 45 metros em Reichenau, na Suíça, passando por 200 metros na Basiléia e 520 metros em Colônia, até atingir 900 metros em Wesel, não muito distante da fronteira com a Holanda. 

Suas águas são usadas para a obtenção de energia e outros fins e o Reno também é uma importante artéria para o transporte de mercadorias, comportando navios de até 3500 toneladas nos trechos mais fundos. Duisburg, à margem do Reno, é o maior porto fluvial da Europa.


CENÁRIO ASSUSTADOR
Às 3 h da madrugada, foi dado o alarme de “catástrofe” e os moradores próximos as áreas de Basel foram instruídos para permanecerem suas residências e fecharem as janelas como medida de segurança.


Quatrocentas mil pessoas estavam em perigo. "Um cheiro horrível" espalhou sobre uma área grande da cidade, ameaçando causar pânico na população.



O armazém continha 1.351 t de produtos químicos, sendo 987 t era de agrotóxicos. Os principais compostos químicos eram os seguintes;

Endosulfan – 2 t
Tetradifon – 2t
Acetato de fenil mercúrio – 1,5 t
Compostos de mercúrio – 11 t (equivalente a 2,6 t de mercúrio)
Ésteres de ácido fosfórico – 600 t
Pigmento de Rhodamine – 2,4 t

DESASTRE ECOLÓGICO
Embora o escoamento da água residual do incêndio ocorreu somente por algumas horas, o coquetel dos biocidas (inseticidas e fungicidas) e de outros produtos químicos tóxicos eliminaram toda a fauna aquática perto do local e este efeito estendeu muitos quilômetros a jusante (rio abaixo).

As enguias foram encontradas mortas até 200 quilômetros (foi estimado em 200 t de enguias que foram mortas) a jusante do local do incidente, e os efeitos permanentes à fauna aquática eram evidentes por muitos anos. O inseticida altamente tóxico de organofosfato, endosulfan, era mais provável ser o único de maior risco para os peixes, devido a seu DL100, cerca de 1mg/l (dose letal, causando 100% de mortalidade nos peixes em testes de laboratório) .

A grande quantidade de compostos de mercúrio na água residual do incêndio também contribuiu para a toxicidade à vida aquática no rio. A presença de ésteres do ácido fosfórico na água residual do incêndio era também de preocupação, como estes compostos incluídos os inibidores colinesterase,  que podem causar efeitos prejudiciais em níveis tão baixos quanto 1 mg/L, se expostos.

Outro fator neste incidente era a contribuição toxicológica de produtos secundários da reação durante a combustão. Alguns dos produtos químicos no armazém submeteram-se às mudanças químicas devido à decomposição térmica e às reações de alta temperatura na presença da água e do oxigênio.

A termólise, a hidrólise e a pirólise de todos os produtos químicos armazenados ocorreram. Em alguns casos, a decomposição térmica conduziu os produtos que retiveram alguma atividade biológica, enquanto a pirólise tendeu a quebrar os compostos em substâncias relativamente não problemáticas, tais como; dióxido de enxofre, água, fosfato, sulfato e nitrato.

Os efeitos prejudiciais potenciais destes produtos químicos secundários podem ser mais graves do que os próprios produtos químicos básicos e por conseguinte é significativo a preocupação em qualquer tipo de incêndio químico.

A água resfriada utilizada no combate ao fogo correu em direção ao sistema de drenagem, que conduz diretamente ao Rio de Reno.

O solo e o rio eram as áreas principais de contaminação. Algum material foi identificado como tendo lixiviado na terra, contaminando o lençol freático numa profundidade até 14 metros. Aproximadamente 10.000 m² de solo, em profundidades foram contaminados com inseticidas e compostos de mercúrio.

Felizmente, muita da contaminação do lençol freático foi capaz através de uso da estação de recalque do lençol freático ser atraído aos poços próximos e bombeado para fora da estação de fornecimento de água da cidade.

Entretanto, a presença do solo contaminado significa que existe ameaça de contaminação futura do lençol freático.

O rio recebeu aproximadamente 10 toneladas de produtos químicos ativos biologicamente inalterados em curto período de tempo. Dois meses mais tarde, a operação de limpeza removeu aproximadamente 1000 kg dos sedimentos contaminados do rio.

Embora o nível mais elevado da cadeia alimentar do rio foi dizimada, a microbiologia do rio permaneceu até ao ponto em que algum grau da auto-limpeza era possível. O rio começou a se recolonizar no período de 10 meses, mas levou vários anos para recuperar completamente.

O barco de combate ao fogo, involuntariamente, espalhou a contaminação química com bombeamento da água do rio contaminada para tentar controlar o fogo que se propagava para os edifícios vizinhos. Ao lado do prédio em chamas, havia um depósito de sódio e fosgênio (cloreto de carbonila), gás tóxico, utilizado como arma mortífera na Primeira Guerra Mundial.

A maioria dos odores desagradáveis se originou da decomposição térmica dos compostos que continham enxofres em mercaptanos. A contaminação de produtos químicos em suspensão, apesar do cheiro nocivo, não mostrou ser um risco grave toxicológico à população após um teste ambiental.

Os níveis do mercúrio e de dioxina foram encontrados em níveis inferiores na camada atmosférica resultante do incêndio.

Neste incidente, a toxicidade aguda dos agentes biocidal (pesticidas e fungicidas) que fluíram no rio adjacente foram os responsáveis pela destruição ampla da fauna aquática. A contribuição à toxicidade total dos vários produtos da combustão era menor por comparação.

DIA SEGUINTE
Nos dias seguintes, morreram toda fauna aquática do rio, que abastece 20 milhões pessoas, de Basiléia a Roterdã (Holanda), com água potável. O rio estava ecologicamente morto após a maior catástrofe já ocorrida no Alto Reno.

FALTA DE SEGURANÇA
A tragédia ecológica de Sandoz foi principalmente em função da péssima localização da instalação e a falta de um plano de emergência. O depósito armazenava grande quantidade de produtos químicos ecologicamente perigosos e foi colocada na proximidade de um canal principal do rio.

Os produtos químicos com características incompatíveis (por exemplo, oxidantes e inflamáveis) foram armazenados e separados, porem no mesmo local . A rotatividade de materiais era muito elevada.

O sistema de sprinkler era inadequado, e não havia bacia de contenção ou outros meios de controle físico de escoamento. A influência destes fatores, combinada com a natureza tóxica dos produtos químicos armazenados no depósito sob as circunstâncias da combustão contribuíram para que os danos causados ao ambiente circunvizinho.

PREJUÍZO
A Sandoz teve um prejuízo de 140 milhões de marcos com o incêndio (60 milhões somente para a recuperação do solo contaminado). O Reno recebeu um leito parcialmente novo. A empresa, porém, não foi condenada judicialmente.

CAUSA DO INCÊNDIO
Não foi esclarecida.

REAÇÃO DA POPULAÇÃO
Milhares de suíços reagiram com manifestações contra a indústria química, responsável por 50% dos empregos na região de Basiléia. Embora não houvesse mortes ou feridos, a vítima fatal do acidente foi à natureza.

ATUALMENTE - EMPRESA TOMOU MEDIDAS PREVENTIVAS
Segundo Mark Hill, porta-voz da Novartis (empresa que resultou da fusão da Sandoz com a Ciba-Geigy, em 1996), hoje uma catástrofe de proporções semelhantes à de 1986 está praticamente descartada. Após o acidente, a Sandoz construiu enormes bacias de decantação ao longo do Reno, preparadas também para a retenção de efluentes em caso de incêndio. Segundo Hill, o incêndio aumentou a consciência da indústria química nas áreas de segurança e meio ambiente.

Antes de 1986, a indústria despejava milhões de metros cúbicos de esgoto no Reno, a cujas margens estão instalados 20% das empresas do setor químico da Europa. Hoje, os efluentes são controlados e tratados pelos laboratórios das próprias fábricas, garante Hill. De fato, o ecossistema do Reno se recuperou, segundo Istvan Pinter, da secretaria do Meio Ambiente de Baden-Württemberg, o Estado alemão mais atingido.

Atualmente, o conglomerado propaga com ampla documentação seus esforços nas áreas de segurança e meio ambiente, como a substituição de substâncias perigosas e a redução dos depósitos de produtos químicos venenosos. A Novartis esforça-se para constar entre as empresas líderes mundiais em preservação ambiental.

AS ETAPAS DO MILAGRE DA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
Integrada pela Suíça, França, Alemanha, Holanda e Luxemburgo, a Comissão Internacional de Proteção do Reno (IKSR) foi criada em 1950. Mas foi somente em 1963 que suas tarefas foram definidas: analisar o estado do rio, propor medidas de saneamento, preparar acordos internacionais e elaborar disposições das conferências ministeriais.

Em 1987, sob o impacto do incêndio num depósito de produtos químicos da Sandoz, na Suíça, a conferência de ministros dos cinco países decidiu elaborar um Programa de Ação para o Reno até 2000.

Seu objetivo era o retorno das espécies migratórias de peixes, entre elas a truta e o salmão. E também estabelecer um conceito integral de ecossistema fluvial, incluindo o leito, as margens e as regiões de inundação para possibilitar uma auto-regulação.

BALANÇO ATUAL DO RIO
"Hoje a vida retornou às águas do Reno. Sua qualidade melhorou muito, a flora e o mundo animal se recuperaram, o programa para a volta do salmão mostra resultados. As empresas situadas à sua margem estão melhor preparadas para evitar incidentes com conseqüências para o rio, graças às recomendações de segurança da IKSR. Os acidentes com derrame de substâncias químicas nocivas diminuíram consideravelmente”.
Avaliou o ministro alemão do Meio Ambiente, Jürgen Trittin, elogiando a cooperação dos cinco países além das fronteiras nacionais.

A melhor qualidade da água do Reno é um dos grandes êxitos da proteção ambiental na Europa, segundo Olaf Tschimpke, presidente da Liga de Proteção à Natureza (NABU). A comissão internacional também fez um balanço muito positivo do saneamento do rio, no último encontro em Bonn.

O escoamento de substâncias tóxicas diminuiu entre 70% e 100%, conforme a altura do rio. As águas e esgotos de 95% das empresas privadas e municipais passam por estações de tratamento. Praticamente já não são encontradas nas águas do Reno dioxinas e DDT, substâncias altamente tóxicas.

O SALMÃO, A FAUNA E O FUTURO
O teor de metais pesados, tais como chumbo, cobre e zinco, bem como de pesticidas, diminuiu consideravelmente. Contudo, ainda não foram atingidas as metas para cádmio e alguns tipos de pesticidas. Problemática continua sendo a concentração de nitrogênio. Proveniente da lavoura e dos campos de pastagem, ele chega ao Reno de forma difusa, através dos solos e dos afluentes.

A fauna fluvial, microorganismos inclusive, também recuperou-se e já é quase tão variada como foi há cem anos. Hoje há salmões e muitas outras espécies de peixes já consideradas extintas em suas águas. Até o início de 2003, mais de 1900 salmões retornaram ao Reno para se reproduzir, o que seriam "sinais iniciais encorajadores", segundo Anne Leidig, da comissão.

A questão é a falta de condições adequadas para os salmões nos afluentes. Os especialistas calculam que somente dentro de dez anos os salmões voltarão a se sentir em casa nas águas da bacia do Reno. Para o êxito do programa, sua pesca continua proibida.
A comissão fixou seus objetivos para os próximos 20 anos em um novo programa. E as diretrizes da União Européia complementam o trabalho ambiental, ao exigir dos países membros a apresentação de um plano geral de uso do solo, o que inclui exploração agrícola, industrial e construções, abrangendo toda a bacia fluvial do Reno.


Fontes:
DW-World – Deutsche Welle-2003,
The Ecotoxicity of Fire-Water Runoff- Institute of Environmental Science and Research Limited - New Zealand Fire Service
MSDS – Material Safety Data Sheet - J. T. Baker
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária –Relação de substâncias com ação tóxica sobre animais ou plantas cujo registro pode ser autorizado no Brasil

Notas explicativas:

Pirólise
O processo de pirólise é endotérmico, pode ser genericamente definido como sendo o de decomposição química por calor na ausência de oxigênio, ainda que o seu balanço energético é positivo, ou seja produz mais energia do que consome.

Hidrólise :
É reação química que envolve água. A água pode reagir com muitas substâncias e transformá-las em outras.

Termólise
É a exposição da substancia a alta temperatura, porem sem perder a sua característica (re arranjo pelo calor). Enquanto a pirólise é a ruptura completa da substância pelo calor.

Colinesterase
É uma enzima cujo papel fundamental é a regulação dos impulsos nervosos.Existem duas categorias de colinesterases: a acetilcolinesterase (colinesterase verdadeira), que é encontrada nos eritrócitos, no pulmão e no tecido nervoso; e a colinesterase sérica, sintetizada no fígado, também chamada de pseudocolinesterase.

Sua determinação é útil na avaliação e no acompanhamento de pacientes com intoxicação por organofosforados (inseticidas) que inibem a colinesterase eritrocitária e diminuem os níveis da colinesterase sérica.

Manifestações clínicas
Os principais sinais e sintomas da intoxicação aguda por inseticidas inibidores da colinesterase (organofosforados) podem ser agrupados da seguinte forma:

a) Crise colinérgica aguda

Manifestações muscarínicas:
■broncoespasmo (estreitamento dos brônquios), dificuldade respiratória, aumento de ■secreção brônquica, cianose (cor arroxeada nas mucosas e pele), edema pulmonar (líquido nos pulmões)
■falta de apetite, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, incontinência fecal (evacuação não controlável), dor para evacuar
■suor excessivo, salivação, lacrimejamento
■pupilas contraídas, visão borrada
■incontinência urinária (urina solta, urina não controlável)
■bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos)

Manifestações nicotínicas:
■fasciculações musculares (pequenas contrações musculares), câimbras, fraqueza, ausência de reflexos, paralisia muscular;
■hipertensão, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), palidez, pupilas dilatadas.

Manifestações do Sistema Nervoso Central:
■inquietação, labilidade emocional (instabilidade emocional), dor de cabeça, tremores, sonolência, confusão, linguagem chula, marcha descoordenada, fraqueza generalizada, coma, convulsões, depressão do centro respiratório.

b) Síndrome intermediária
Após 24 a 96 horas da exposição ao organofosforado pode surgir fraqueza ou paralisia muscular dos membros superiores e do pescoço. Outros grupos musculares também podem ser afetados, inclusive a musculatura respiratória, levando à parada respiratória. A recuperação pode levar de 4 a 18 dias.

c) Polineuropatia tardia
Este quadro desenvolve-se 2 a 4 semanas após a exposição a inseticidas organofosforados. Caracteriza-se por fraqueza muscular dos membros, câimbras dolorosas, formigamento, reflexos diminuídos e um quadro caracterizado por descoordenação motora, hipertonia ou espasticidade (aumento acentuado do tônus muscular), reflexos exageradamente aumentados e tremores (síndrome de liberação extrapiramidal). A recuperação é variável.

Biocida
Substâncias químicas, de origem natural ou sintética, utilizadas para controlar ou eliminar plantas ou organismos vivos considerados nocivos à atividade humana ou à saúde" .

Mercaptano :
O odor desagradável, devido à formação de compostos sulfurosos

Acetato de fenil mercúrio
Identificação de Riscos
■Perigo! Pode ser fatal se ingerido. Prejudicial se inalado ou absorvido pela pele.
■Causa irritação grave nos olhos, pele e trato respiratório; pode causar queimaduras.
■Pode causar reação alérgica na pele.
■Compostos de mercúrio afetam os rins e o sistema nervoso central.
■Risco a gravidez – pode causar defeitos congênitos
■Combustível sólido.

Riscos de Incêndio
■Ponto de fulgor - > 38o C
■Combustível sólido.

Explosão:
■Pó fino em dispersão no ar em suficiente concentração e em presença de uma fonte de ignição é um potencial de risco de explosão

Meios de extinção:
■Pó químico, espuma ou dióxido de carbono. Não permitir o escoamento de água contaminada para o sistema de esgoto ou córregos ou rios.

Informação especial:
Em caso de incêndio, usar vestuário com proteção total, aprovado pelas normas técnicas, com aparelho respiratório autônomo com máscara facial com ar mandado.

Endossulfan
■Nome técnico ou comum: Endossulfan , (Endosulfan)
■Sinonímia: Clortiepin, Thiodan (R), Malix (R)
■Fórmula bruta:
C9H6 CI6 O3 S
■Classe: inseticida fitossanitário do grupo éster do ácido sulfuroso de um dial cíclico.
■Persistência e degradação no ambiente: O princípio ativo apresenta uma persistência média no meio ambiente.
■Deslocamento no ambiente: O produto apresenta um deslocamento para as regiões vizinhas.

Tetradifon
■Nome técnico ou comum: Tetradifon
■Fórmula bruta: C12 H6 CI4 O2 S
■Classe: acaricida fitossanitário do grupo das clorodifenilsulfonas.
■Persistência e degradação no ambiente:O princípio ativo possui uma persistência longa no ambiente.
■Deslocamento no ambiente: O produto não apresenta deslocamento para as regiões vizinhas.

Ésteres de acido fosfórico
Ésteres do ácido fosfórico e seus derivados, constituem substâncias químicas que atuam bloqueando ou inibindo a colinesterase. Os organofosforados são mais tóxicos (em termos de toxidade aguda), mas se degradam rapidamente e não se acumulam nos tecidos gordurosos.

Os efeitos são de maneira geral os seguintes:
■espasmos intestinais;
■estimulação das glândulas salivares e
■lacrimais e convulsões.

Os sintomas gerais apresentados são:
■redução do diâmetro das pupilas; lacrimejamento e rinite aguada;
■sudação intensa; vômito e tonturas;
■dores musculares e cãibras;
■pressão arterial instável;
■confusão mental, cólicas e diarréias,
■o aparecimento dos sintomas de intoxicação ocorre, em média, nas primeiras doze horas;
■a morte ocorre geralmente nas primeiras 48 horas;
■a recuperação normalmente é completa se não ocorre falta de oxigenação no cérebro.

Mercúrio
O mercúrio é considerado um poluente de alto risco, sendo regulado pela US EPA (United States Environmental Protection Agency). A preocupação a respeito da poluição do mercúrio, surge dos efeitos à saúde decorrentes da exposição por mercúrio metilado (que é
extremamente tóxico) encontrado na água e alimentos aquáticos.
O mercúrio inorgânico pode ser convertido em metilmercúrio e dimetilmercúrio pela ação de microorganismos (bactérias metanogênicas), particularmente nos sedimentos. A biotransformação do mercúrio inorgânico em metilmercúrio representa um sério risco ambiental visto que ele se acumula na cadeia alimentar aquática por um fenômeno chamado
bioamplificação, isto é, a concentração do metal aumenta à medida que ele avança nos níveis de nutrição. Portanto, por ter a capacidade de permanecer por longos períodos nos tecidos do organismo, este elemento poderá ser encontrado nos peixes predadores da extremidade da cadeia em concentrações elevadas, culminando, finalmente, no regime alimentar dos humanos..

Sintomas gerais apresentados;
O metilmercúrio é o responsável pelos danos mais importantes à saúde observados em humanos. Isto se deve, provavelmente, à sua lenta eliminação. No cérebro e rins, esta eliminação leva um tempo considerável (até mesmo alguns anos).
O sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio, onde afeta, principalmente, áreas específicas do cérebro, como cerebelo e lobos temporais.
A intoxicação por metilmercúrio se caracteriza por ataxia (perda da coordenação dos movimentos voluntários), a disartria (problemas nas articulações das palavras), a parestesia (perda da sensibilidade nas extremidades das mãos e pés e em torno da boca), visão de túnel (constrição do campo visual) e perda da audição.

Os primeiros sintomas afetam geralmente a região perianal e aparecem alguns dias após a exposição. Uma contaminação severa pode causar cegueira, coma e morte. O período médio de latência varia, frequentemente, de 16 a 38 dias .

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